Um tema delicado, que precisa ser retratado com cuidado e seriedade: o suicídio entre crianças e adolescentes.
De acordo com um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria, a SPB, com base em dados do Ministério da Saúde, cerca de mil crianças e adolescentes, na faixa etária entre 10 e 19 anos, cometem suicídio no Brasil a cada ano.
A maioria dos casos está consolidada entre os adolescentes, com 84,29% na faixa de 15 a 19 anos. Os demais estão na faixa de 10 a 14 anos.
Ainda segundo os números apurados pela SBP, a maior prevalência de suicídio ocorre entre os jovens do sexo masculino.
A presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, Luci Pfeiffer, resume os sinais.
“O desejo de morte vai fazer com que essa criança, esse adolescente, cada vez mais se afaste dos seus pares, se afasta dos prazeres da vida, do brincar, do jogar, dos seus colegas, dos seus amigos, de namorar. Primeiro é o afastamento, isolamento da família, depois isolamento dos seus pares, depois isolamento das fontes que dão satisfação, até que cada vez mais eles buscam atitudes de risco”.
Luci Pfeiffer também alerta que fatores como violência familiar e enfraquecimento dos vínculos são fatores de risco. E destaca como os pais e responsáveis devem buscar ajuda.
“Sempre seria bom que fosse primeiro numa avaliação geral, sempre uma equipe inerdisciplinar, mas o pediatra seria um bom caminho. E profissionais da saúde mental”.
Pela distribuição geográfica, os estados que apresentam as maiores taxas, englobando meninos e meninas, são São Paulo, seguido de Minas Gerais; Rio Grande do Sul; Paraná e Amazonas.
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