O filme “Divertida Mente 2”, que esta semana (dia 20) nos cinemas brasileiros traz a continuação do filme de 2015 que usa personagens coloridos e engraçados para demonstrar de forma bastante lúdica o que acontece no cérebro de uma pessoa enquanto ele cresce e descobre as emoções.
No novo longa, um personagem surge prometendo agitar as coisas dentro da cabeça da protagonista, a ansiedade. Apesar de ser representada como um pequeno ser laranja, o desenho animado nos ajuda a entender melhor como a ansiedade age no nosso corpo, é o que explica o médico psiquiatra Dr. Flávio H. Nascimento.
“É preciso entender que a ansiedade é um processo natural do corpo humano, desenvolvido ao longo da evolução humana para a nossa sobrevivência, o grande problema surge quando ela se torna excessiva”, alerta.
A diferença entre a ansiedade natural e a patológica
A melhor forma de identificar quando a ansiedade está “passando do ponto” é observar os impactos dela no seu dia a dia e nas suas tarefas rotineiras.
“Os sintomas de ansiedade, seja ela normal ou patológica, variam apenas na frequência e intensidade. Enquanto a ansiedade normal surge em momentos de perigo real ou ameaças imediatas, a patológica se manifesta em situações cotidianas, com uma intensidade maior que pode causar outros problemas e afetar a saúde mental e física do indivíduo”.
“Quando a ansiedade se torna patológica, ela gera sintomas muito característicos como dor no peito, taquicardia, sudorese e dores de cabeça”, explica Dr. Flávio H. Nascimento.
Sintomas de ansiedade
- Preocupação excessiva sem motivo plausível;
- Inquietação ou sensação de estar “no limite”;
- Fadiga excessiva;
- Dificuldade de concentração;
- Irritabilidade;
- Tensão muscular;
- Distúrbios do sono;
É possível prevenir que a ansiedade se desregule?
Alguns cuidados podem ajudar a manter a ansiedade controlada em níveis normais no organismo, explica Dr. Flávio.
“Manter a ansiedade controlada é uma tarefa que exige um controle de muitas variáveis, como a dieta, o sono, equilíbrio entre trabalho e lazer, exercício físico, entre outros”.
“Mas quando há histórico negativo em relação à ansiedade é importante buscar ajuda profissional através das terapias comportamentais e uso de medicamentos, que sempre devem ser indicados por um especialista”, explica.
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