Um novo medicamento contra a diabetes tipo 2 foi aprovado nesta segunda-feira pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
O remédio tem como base a tirzepatida, que controla o açúcar no sangue das pessoas que têm a doença. A diabetes é aquela doença conhecida pelas altas taxas constantes de açúcar no sangue, a chamada hiperglicemia.
Isso acontece por causa da falta de insulina, hormônio que mantém o metabolismo da glicose, do açúcar no sangue. Sem tratamento a pessoa pode ficar cega, ter problemas nos rins, como insuficiência renal, e ter membros amputados.
E quando o tratamento é feito, a medicação pode levar a um quadro oposto, a falta de açúcar no sangue, a chamada hipoglicemia.
A aposentada Rosa Luísa Riberio passou exatamente por isso quando começou a tratar a diabete tipo 2.
Mas um medicamento injetável, em forma de caneta, chamado Ozempic, melhorou a qualidade de vida dela.
Segundo a Anvisa, a tirzepatida reduz muito a quantidade de hemoglobina glicada, um indicador importante da diabetes.
Com isso, ajuda a diminuir o risco de doenças microvasculares, cegueira, insuficiência renal e amputação de membros.
O novo medicamento, com nome comercial Mounjaro, também é uma injeção em forma de caneta, semelhante ao Ozempic. E também ajuda na perda de peso, além de controlar o nível de açúcar no sangue. Só que melhor.
É o que explica o médico endocrinologista e coordenador do Centro de Pesquisas Clínicas do Brasil, João Lindolfo Cunha Borges.
Mas, o médico alerta que, mesmo que a nova droga seja aprovada para perda de peso, ela não é a solução de todos os problemas.
O novo medicamento ainda não está disponível nas farmácias porque vai passar por um estudo de preço, para depois ser colocado na linha de produção do fabricante.
Estima-se que quase 463 milhões de pessoas no mundo, de 20 a 79 anos, têm diabetes.
Desse total, o diabetes tipo 2 é responsável por quase 90% dos casos. No Brasil, são quase 17 milhões de adultos com a doença.
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